segunda-feira, 26 de março de 2012

Formação dos mundos

Parte Primeira - Capítulo 3: Do Criação

Para comentar a formação do Universo e dos mundos, separei dos trecho de um livro que (coincidência???) estou lendo: Depois da Morte, do Leon Denis. Os trechos seguintes foram tirados do capítulo O Universo e Deus:

Na hora em que se estendem pela Terra o silêncio e a noite, quando tudo repousa nas moradas humanas, se erguemos os nossos olhos para o infinito dos céus, lá veremos inumeráveis luzes disseminadas. Astros radiosos, sóis flamejantes seguidos de seus cortejos de planetas rodopiam aos milhões nas profundezas. Até às mais afastadas regiões, grupos  estelares desdobram-se como esteiras luminosas. Em vão, o telescópio sonda os céus, em parte alguma do Universo encontra limites; sempre mundos sucedendo a mundos, e sóis, a sóis; sempre legiões de astros multiplicando-se, a ponto de se confundirem em poeira brilhante nos abismos infindáveis do espaço.
[...]
Não há, portanto, criação espontânea, miraculosa; a criação é contínua, sem começo nem fim. O Universo sempre existiu; possui em si o seu princípio de força, de movimento. Traz consigo seu fito. O Universo renova-se incessantemente em suas partes; no conjunto, é eterno. Tudo se transforma, tudo evolute pelo jogo continuo da vida e da morte, mas nada perece. Enquanto, nos céus, se obscurecem e se extinguem sóis, enquanto mundos envelhecidos desagregam-se e desfazem-se, em outros pontos, sistemas novos elaboram-se, astros se acendem e mundos vêm à luz. De par com a decrepitude e com a morte, humanidades novas desabrocham em eterno renovar.

Esse capítulo inteiro é maravilhoso. Como não dá para publicar na íntegra, recomendo o download (acima) e a leitura dele. Ninguém vai se arrepender. E vamos em frente.

Sobre a frase bíblica "No princípio era o Verbo"*, vejam o que Emmanuel comenta em O Consolador, primeria pergunta do capítulo Bíblia - Revelação:


Pergunta 261  –  “No  princípio  era  o  Verbo...”. Como  deveremos  entender esta afirmativa do texto sagrado?
Resposta - O apóstolo João ainda nos adverte que “o Verbo era Deus e estava com Deus”. Deus é amor e vida e a mais perfeita expressão do Verbo para o orbe terrestre era e é Jesus, identificado com a sua  misericórdia e sabedoria, desde a organização primordial do planeta. Visível ou oculto, o Verbo é o traço da luz divina em todas as coisas e em todos os seres, nas mais variadas condições do processo de aperfeiçoamento.


Também separei trechos do capítulo 1 - A Gênese Planetária -, do livro A Caminho da Luz, autoria espiritual de Emmanuel e psicografia de Chico Xavier. São outros comentários sobre a formação da Terra e a participação de Jesus na formação do planeta:

Que força sobre-humana pôde manter o equilíbrio da nebulosa terrestre, destacada do núcleo central do sistema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemáticas, dentro das quais se iam manifestar todos os
fenômenos inteligentes e harmônicos de sua vida, por milênios de milênios?
[...]
Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicas opera as grandiosas construções do teatro da vida
[...]
As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energias elétricas e de vapores que trabalham as substâncias torturadas no orbe terrestre. O frio dos espaços atua, porém, sobre esse laboratório de
energias incandescentes e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da crosta solidificada
[...]
Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte no universo galáxico. Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozone a 40 e 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem convenientemente os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.

Para ter alguns dados científicos a respeito da formação da Terra, recorri ao site do Centro de Divulgação da Astronomia, da Universidade de São Paulo (USP) - agora sim, uma fonte segura de informações. Outras informações, no site www.cdcc.usp.br/cda/sessao.../a-formacao-da-terra-06252011.doc.

De acordo com as teorias  aceitas, a Terra teria tido o início da sua formação há aproximadamente 4,5 bilhões de anos através de uma nuvem de gás e poeira (disco protoplanetário) em rotação, que deu origem ao nosso Sistema Solar. A vida teria começado há pouco mais de 3,5 bilhões de anos e no começo, tudo na Terra era rocha derretida, que, depois de algum tempo, se solidificou e formou a superfície terrestre. Naquela época havia muitas erupções vulcânicas, e por essa razão, a atmosfera da Terra era tóxica. Durante estes bilhões de anos, a Terra resfriou-se, e passou por cataclismas inimaginaveis.

Todas essas imagens que usei para ilustrar o texto foram retiradas do filme Fantasia, de Walt Disney. Quem quiser conferir o trecho de desenho incrível, que mostra a formação do planeta, o endereço (e link) segue agora: http://www.youtube.com/watch?v=-gZbMOq_Ge8. Tem cerca de 8 minutos.


Para finalizar, uma lembrança que tive enquanto pesquisava os textos. Lembrei de uma passagem do livro O Sobrinho do Mago, que faz parte da obra As Crônicas de Nárnia, do escritor C.S. Lewis. Infelizmente, essa história não virou filme, mas seria muito bom se isso acontecesse. Esse trecho conta sobre a criação da terra de Nárnia: 


"No escuro, finalmente, alguma coisa começava a acontecer. Uma voz cantava. Muito longe. Nem mesmo era possível precisar a direção de onde vinha. [...] Certas notas pareciam a voz da própria terra. O canto não tinha palavras. Nem chegava a ser um canto. De qualquer forma, era o mais belo som que ele já ouvira. Tão bonito que chegava a ser quase insuportável. [...] E duas coisas maravilhosas aconteceram ao mesmo tempo.
Uma: outras vozes reuniram-se à primeira, e era impossível contá-las. Vozes harmonizadas à primeira, mais agudas, vibrantes, argênteas. Outra: a escuridão em cima cintilava de estrelas. Elas não chegaram devagar, uma por uma, como fazem nas noites de verão. Um momento antes, nada havia lá em cima, só a escuridão; num segundo, milhares e milhares de pontos de luz saltaram, estrelas isoladas, constelações, planetas, muito mais reluzentes e maiores do que em nosso mundo.
[...] O céu do oriente passou de branco para rosa, e de rosa para dourado. A voz subiu, subiu, até que todo o ar vibrou com ela. E quando atingiu o mais potente e glorioso som que já havia produzido, o sol nasceu. [...]A terra tinha muitas cores — cores novas, quentes e brilhantes, que faziam a gente exaltar... Até que se visse o próprio Cantor. Então, todo o resto seria esquecido. Era um Leão. Enorme, peludo e luminoso, ele estava de frente para o sol que nascia. Com a boca aberta em pleno canto, ali estava ele..."


Por hoje é só. Nos vemos na próxima semana!



Antigo Testamento: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele" (João 1:1-3)

domingo, 18 de março de 2012

Espaço universal

Parte Primeira - Capítulo 2: Dos elementos gerais do Universo 


Duas perguntas apenas constituem esse intertítulo final do Capítulo 2 de  O Livro dos Espíritos. Mas que perguntas! Para comentar sobre o infinito, selecionei um trecho do livro A Gênese, organizado por Allan Kardec, que está no capítulo Uranografia Geral. A nota de rodapé explica que esse capítulo é formado por uma série de comunicações ditadas pelo espírito Galileu Galilei, sendo o médium C.F., iniciais de Camilo Flammarion. Apenas isso mostra que o capítulo precisa ser lido em sua totalidade! Vale muito a pena. 

"A verdade não resulta
do número dos que nela crêem.
"

Galileu: Pisa1564 - Florença1642 
   
Espaço é uma dessas palavras que exprimem uma idéia primitiva e axiomática, de si mesma evidente, e a cujo respeito as diversas definições que se possam dar nada mais fazem do que obscurecê-la. Todos sabemos o que é o espaço e eu apenas quero firmar que ele é infinito, a fim de que os nossos estudos ulteriores não encontrem uma barreira opondo-se às investigações do nosso olhar.
Ora, digo que o espaço é infinito, pela razão de ser impossível imaginar-se-lhe um limite qualquer e porque, apesar da dificuldade com que topamos para conceber o infinito, mais fácil nos é avançar eternamente pelo espaço, em pensamento, do que parar num ponto qualquer, depois do qual não mais encontrássemos extensão a percorrer.
[...]
Como a palavra espaço, tempo é também um termo já por si mesmo definido. Dele se faz idéia mais exata, relacionando-o com o todo infinito. [...] O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela, não há começo, nem fim: tudo lhe é presente.

Também separei um capítulo do livro Na era do Espírito, onde Chico Xavier conta uma experiência própria, demonstrando que nenhum de nós está apto (ainda) para conhecer as verdades universais. Se o próprio Chico Xavier ficou zonzo, fico imaginando eu... Mas vamos ao texto (para aumentar a imagem, clique sobre ela):




E para comentar a questão sobre o vácuo no Universo, recorro novamente ao Gênese, no mesmo capítulo, desta vez no item 10:


Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São­-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo. Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas segundo as combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios do agente são conhecidos sob os nomes de som, calor, luz, etc


Estava lendo o livro Astronautas do Além (disponível aqui na íntegra), recebido por Chico Xavier, de diversos amigos espirituais, e com comentários de Herculano Pires, e encontrei o seguinte poema. Lembrei desse nosso estudo porque me fez lembrar de que Deus está em tudo.




Para encerrar deixo um outro poema, desta vez do prêmio Nobel de Literatura de 1913, Rabindranath Tagore (7 de maio de 1861 - 7 de agosto de 1941). Espero que gostem. Até mais!











quarta-feira, 14 de março de 2012

Propriedades da matéria

Parte Primeira - Capítulo 2: Dos elementos gerais do Universo


Novamente recorri à Wikipédia, sempre lembrando que não é uma fonte totalmente confiável e, antes de "jurar" que é verdade o que lemos ali, sempre é bom pesquisar em outras fontes também. As propriedades gerais da matéria, de acordo com esta 'enciclopédia virtual', são as seguintes:


  • Extensão: Indica o espaço ocupado pelo corpo. É o mesmo que volume.
  • Impenetrabilidade: Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo.
  • Mobilidade: Poder de ocupar sucessivamente diferentes posições no espaço.
  • Compressibilidade: Sob ação de uma força o volume da matéria diminui.
  • Elasticidade: Ao cessar a compressão a matéria volta ao seu estado inicial.
  • Inércia: A matéria tende a manter repouso ou movimento a não ser que uma força oposta haja sobre ela.
  • Ponderabilidade (citada na questão 29) : Um corpo quando sujeito a um campo gravitacional, avalia-se pelo peso.
  • Divisibilidade: A matéria pode ser dividida até seus átomos.
  • Indestrutibilidade: A matéria é indestrutível, apenas pode ser transformada ou rearranjada.
  • Energia: A matéria é pura energia, em sua intima estrutura atômica, ela é um edifício de forças.
  • Massa: Pode-se definir ou pesar a matéria.
  • Densidade: É a razão da massa pelo volume.


Mas esta matéria, conforme salienta o Livro dos Espíritos, é como nós a conhecemos. Ou seja, há outros tipos de matéria que desconhecemos. Conforme explica o Espírito Miramez, no capítulo Propriedade da Matéria, do Filosofia Espírita I, psicografado pelo João Nunes Maia: 

O fluído universal toma formas variadas, de conformidade com as circunstâncias e com o ambiente,
onde Deus acha conveniente a sua transmutação. A matéria é filha dos fluídos imponderáveis,
porém, não se move por si mesma. Inteligências altamente evoluídas asseguram este trabalho divino,
na divina expressão do Criador. Nada vive sem Deus. Todos nós obedecemos a sua coordenação.
Não existe liberdade total diante do Criador. Ele foi, é e será sempre o nosso motivo de viver.


E ele complementa no capítulo seguinte, Formação da matéria:


O fluido universal toma formas variadas, de conformidade com as circunstâncias e com o ambiente, onde Deus acha conveniente a sua transmutação. A matéria é filhas dos fluidos imponderáveis, porém não se move por si mesma. Inteligência altamente evoluídas asseguram este trabalho divino, na divina expressão do Criador. Nada vive sem Deus. Todos nós obedecemos a sua coordenação. Não existe liberdade total diante do Criador. Ele foi, é e será sempre o nosso motivo de viver.


Esse livro do Miramez é muito bom e recomendo como leitura complementar do Livros dos Espíritos, especialmente em assuntos mais difíceis como este que estamos tratando hoje. Se puderem, leiam... vocêsn não vão se arrepender. Vou citar mais um parágrafo, desta vez, do capítulo Substância Primitiva:


A energia não tem forma determinada, a não ser na sua profundidade que desconhecemos. Ela é orientada por altas inteligências e vai baixando as vibrações. Nessa descida, vai tomando formas que garantem os valores da sua  expressão. A sua natureza surge pela vibração, que congrega valores na obediência da lei de atração, formada em um campo de força, na gama das suas combinações elementares. É aí que fornece suas propriedades aos sentidos apropriados dos homens, como, por exemplo, o paladar, os perfumes e os coloridos que tanto nos agradam.


Encontrei no livro Emmanuel, deste mesmo espírito e psicografado por Chico Xavier, uma explicação sobre a formação do corpo humanos, que pode ser usada como uma analogia ao que estamos estudando:


Segundo os dados da vossa fisiologia, a célula primitiva é comum a todos os seres vertebrados e espanta ao embriólogo a lei organogênica que estabelece a idéia diretora do desenvolvimento fetal, desde a união do espermatozoário ao óvulo, especificando os elementos amorfos do protoplasma; nos domínios da vida, essa idéia diretriz conserva-se inacessível até hoje aos vossos processos de indagação e de análise, porquanto esse desenho invisível não está subordinado a nenhuma determinação físico-química, porém, unicamente ao corpo espiritual preexistente, em cujo molde se realizam todas as ações plásticas da organização, e sob cuja influência se efetuam todos os fenômenos endosmóticos. (capítulo Inacessível aos processos da indagação científica)


Finalmente, quero deixar registrado uma frase - resposta à questão 33 - que me fez pensar muito: "tudo está em tudo". Separei um vídeo que assisti na Internet e que mostra as similaridades entre o Universo e o Cérebro. Impressionante... parece que as leis que comandam o macrocosmo (o Universo, por exemplo) são iguais para o microcosmo (por exemplo, os átomos).


Há mais ou menos duas semanas assisti a um documentário no canal Discovery em que o físico Michio Kaku falava sobre a "Teoria de Tudo" (cientificamente é chamada de Teoria das Cordas), uma única teoria que englobasse tudo no Universo, quer dizer, encontrar uma explicação para tudo no Universo, desde os menores aos maiores eventos. Essa teoria está sendo estudada por cientistas de vários países, desde a década de 1980, mas ainda (esse ainda é por minha conta!) é minoria na comunidade científica. Essa teoria é mais ou menos o seguinte (estas aspas são do documentário que estou postando abaixo):


"Pensou-se desde o começo da Física que a matéria era feita de partículas. Hoje pensamos que a matéria é feita de pequenas cordas, pequenas e invisíveis - Teoria das Cordas. E a matéria emana destas pequenas cordas como música. Se você tocar a corda de um violino de certa maneira, você obtém uma certa frequência, mas se tocar difernete, você obtém mais frequencias nessas cordas ou notas diferentes. A Natureza é feita dessas pequenas notas que são tocadas nessas cordas."

Não é impressionante a semelhança? Pequenas cordas invisíveis (para mim, leio como o fluido universal) que dependendo da vibração vão gerando diferentes elementos? Mas esse é só o princípio da Teoria. Para quem tiver fôlego (e tempo, pois o documentário dura cerca de 50 minutos), deixo o link de um documentário produzido pela BBC (está legendado) sobre a Teoria das Cordas (não se assustem porque não é chato, só precisa de imaginação) - https://www.youtube.com/watch?v=NqsAMlWlhRM.




Para pensarmos, até o próximo post, duas frases de dois físicos famosos. Até lá!



De repente nós descobrimos que o Universo
é uma grande sinfonia
e as leis da Física são harmonias
de uma supercorda
Michio Kaku



O pensamento lógico
pode levar você de A a B,
mas a imaginação te leva
a qualquer parte do Universo
Albert Einstein







segunda-feira, 5 de março de 2012

Espírito e Matéria

Parte Primeira - Capítulo 2: Dos elementos gerais do Universo

Neste subtítulo do Livro dos Espíritos são apresentados e estudados três conceitos: matéria, espírito e fluido universal. Tentei pesquisar um por um e finalizar com a integração dessas realidades em nossa vida. Utilizei novamente o recurso Wikipédia, que não é uma fonte totalmente confiável, mas que acredito irá servir para o propósito de observar como a MATÉRIA vem sendo estudada pela ciência oficial:

Em física, matéria (vem do latim materia, substância física) é qualquer coisa que possui massa, ocupa lugar no espaço (física) e está sujeita à inércia. A matéria é aquilo que existe, aquilo que forma as coisas e que pode ser observado como tal; é sempre constituída de partículas elementares com massa não-nula (como os átomos, e em escala menor, os prótons, nêutrons e elétrons).
De acordo com as descobertas da física do século XX, também pode-se definir matéria como energia vibrando em baixa frequência. A concepção de matéria em oposição a energia, que perdurava na Física desde a Idade Média, perdeu um pouco do sentido com a descoberta (anunciada em teoria por Albert Einstein) de que a matéria era uma forma de energia.

Podem existir três estados de agregação da matéria, que variam conforme a temperatura e a pressão as quais se submete um corpo: o estado sólido, que é quando as partículas elementares se encontram fortemente ligadas, e o corpo possui tanto forma quanto volume definidos; o estado líquido, no qual as partículas elementares estão unidas mais fracamente do que no estado sólido, e no qual o corpo possui apenas volume definido; e o estado gasoso, no qual as partículas elementares encontram-se fracamente ligadas, não tendo o corpo nem forma nem volume definidos.

Além dos três principais estados de agregação da matéria, há mais dois outros estados. Físicos do final do século XX demonstraram que existe um quarto estado, o plasma, no qual as moléculas já não existem mais e os átomos se encontram desagregados em seus componentes. A temperaturas superiores a 1.000.000 °C, todas as substâncias se encontram no estado de plasma. Em 1925, Albert Einstein, juntamente a um físico indiano de nome Satyendra Nath Bose, previu que havia um quinto estado da matéria, que só se manifestaria em temperaturas baixíssimas, próximas do zero absoluto, valor até então impossível de ser atingido, que equivale a -273,16 °C. O zero absoluto seria exatamente a temperatura de um corpo no qual todos os átomos tivessem parado de se movimentar. O quinto estado da matéria recebeu o nome de Condensado Bose-Einstein.


Com isso, já podemos perceber que há muitos estados da matéria e, quem sabe, ainda alguns outros, mais sutis, para se descobrir.

Para definir Espírito, recorri a Leon Denis e a uma mensagem de Joanna de Angelis, ditada ao médium Divaldo Franco). As duas analisam espírito e matéria, por meio de comparação e interrelacionamento de ambos:

A primeira delas está no livro O Porquê da Vida (disponível na íntegra aqui):


O homem participa de duas naturezas. Por seu corpo, por seus órgãos, deriva da matéria; por suas faculdades intelectuais e morais, é espírito.Dizendo ainda mais exatamente, relativamente ao corpo humano, os órgãos que compõem essa admirável máquina são semelhantes a rodas incapazes de agir sem um motor, sem uma vontade que as coloque em ação. Esse motor é a alma. Um terceiro elemento religa os dois outros, transmitindo aos órgãos as ordens do pensamento. Esse elemento é o perispírito, matéria etérea que escapa aos nossos sentidos. Envolve a alma, acompanha-a após a morte nas suas peregrinações infinitas, depurando-se, progredindo com ela, constituindo um corpo diáfano, vaporoso. Voltaremos, mais adiante, a comentar sobre a existência desse perispírito,chamado também de duplo fluídico.

O espírito jaz na matéria como um prisioneiro em sua cela; os sentidos são as aberturas pelas quais se comunica com o mundo exterior. Mas, enquanto a matéria, cedo ou tarde, declina, periclita e se desagrega, o espírito aumenta em poder, fortifica-se pela educação e experiência. Suas aspirações se engrandecem, se estendem para além da túmulo; sua necessidade de saber, de conhecer e de viver não tem limites. Tudo mostra que o ser humano pertence apenas temporariamente à matéria. O corpo não é senão uma vestimenta emprestada, uma forma passageira, um instrumento com a ajuda do qual a alma prossegue, nesse mundo, sua obra de depuração e de progresso. A vida espiritual é a vida normal, verdadeira, sem fim.


E a segunda, publicada no livro Momentos de Alegria, abaixo:


Já o último conceito, o de FLUIDO UNIVERSAL, retirei de Evolução em dois mundos (disponível aqui), ditado ao Chico Xavier pelo Espírito André Luiz. Aliás, vale ter esse livros para consultar, estudar e reler, bem como toda a série de obras do André Luiz (veja aqui a coleção completa). Seguem os trecho selecionados:

PLASMA DIVINO - O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano. (pag. 21)
[...]
Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.

Temos, assim, os fluidos líquidos, elásticos ou aeriformes e os outrora chamados fluidos imponderáveis tidos como agentes dos fenômenos luminosos, caloríficos e outros mais.
FLUIDO VIVO _ No plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.

Esse fluido é o seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado.

Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória. (pág. 119-120)

[...]

Assemelhando-se no conjunto ao musicista e seu instrumento, alma e corpo hão de conjugar-se profundamente um com o outro para a execução do trabalho que a vida lhes reserva. (p. 151)


Encerrando, deixo quatro frases incríveis para nossa reflexão. Até a próxima semana!



A deformidade do corpo não afeia
uma bela alma, mas a formosura da alma
reflete-se no corpo.

Seneca (Córdoba, 4 a.C. a Roma, 65 d.C.)
advogado escritore e intelectual do Império Romano.




A alma é a causa eficiente
e o princípio organizador
do corpo vivente.


 Aristóteles (Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.),
 filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande.





O corpo humano é a carruagem.
Eu, o homem que a conduz.
O pensamento, as rédeas.
Os sentimentos, os cavalos.


Platão (Atenas, 428/427 a.C.– Atenas, 348/347 a.C.),
filósofo e matemático da Grécia Antiga e fundador da Academia em Atenas




Assim como o homem se despoja
de uma roupa gasta e veste roupa nova,
assim também a alma incorporada se despoja
de corpos gastos e veste corpos novos.


Bhagavad-Gita ("Canção de Deus", em sânscrito), texto religioso hindu.
Faz parte do épico Maabárata e é datado no Século IV a.C.