Parte Segunda: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos - Capítulo 1: Dos Espíritos
O progresso ou mesmo evolução dos Espíritos são tratados nesse capítulo. O primeiro comentários que separei foi uma mensagem de Emmanuel, psicografado pelo Chico Xavier, e que pode ser encontrada no livro Religião dos Espíritos. O texto faz uma abordagem da primeira pergunta - nº 114 - desse nosso interítulo em estudo:
Ou seja, depende mesmo de nós. Não adianta querer jogar para outros a responsabilidade do nosso progresso ou estacionamento em uma determinada dificuldade. E como responsabilidade lembra estarmos conscientes do que fazemos, segue uma mensagem de Joanna de Ângelis, por meio do médium Divaldo Franco, que pode ser encontrada no livro Momentos de Consciência:
Em O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Leon Denis trata de uma questão importantíssima quando falamos em progresso espiritual: o livre-arbítrio: Selecionei alguns trechos do capítulo "Livre-arbítrio" que são uma ótima fonte de estudos e meditação para nós.
Leon Denis, por volta dos 50 anos |
Denis e sua mãe |
A luta entre a matéria e o espírito tem precisamente
como objetivo libertar este último cada vez mais do jugo das forças cegas. A
inteligência e a vontade chegam, pouco a pouco, a predominar sobre o que a
nossos olhos representa a fatalidade. O livre-arbítrio é, pois, a expansão da
personalidade e da consciência. Para sermos livres é necessário querer sê-lo e
fazer esforço para vir a sê-lo, libertando-nos da escravidão da ignorância e
das paixões inferiores, substituindo o império das sensações e dos instintos
pelo da razão.
Nesta foto, Denis aos 30 anos... |
...e aqui já aos 79 anos. |
O futuro aparece-lhe então, não em seus pormenores, mas
em seus traços mais salientes, isto é, na medida em que esse futuro é a
resultante de atos anteriores. Esses atos representam a parte de fatalidade ou
“a predestinação” que certos homens são levados a ver em todas as vidas. São
simplesmente, como vimos, efeitos ou reações de causas remotas. Na realidade,
nada há de fatal e, qualquer que seja o peso das responsabilidades em que se
tenha incorrido, pode-se sempre atenuar, modificar a sorte com obras de dedicação,
de bondade, de caridade, por um longo sacrifício ao dever.
E o autor resume o capítulo com uma frase:
“O homem é o obreiro de sua libertação.”
No livro Nosso Lar, no capítulo Continuando a palestra, dona Laura e André Luiz conversam sobre os primeiros anos da família de Lísias na colônia. E dona Laura dá um exemplo de tudo isso que temos aprendido nesse intertítulo de O Livro dos Espíritos, com exemplos de vida e de situações que ela mesma passou na sua última encarnação:
"Minhas lutas na viuvez haviam sido intensas. Muito moça ainda, com os filhos tenros, tive de
enfrentar serviços rudes. A custa de testemunhos difíceis, proporcionei aos rebentos
de nossa união os valores educativos, de que eu podia dispor, habituandoos, porém,
muito cedo, aos trabalhos árduos. Compreendi, depois, que a existência laboriosa me
livrara das indecisões e angústias do Umbral, por colocarme a coberto de muitas e
perigosas tentações. O suor do corpo ou a preocupação justa, nos campos de
atividade honesta, constituem valiosos recursos para a elevação e defesa da alma."
[...]
Após ligeiro intervalo, em que parecia meditar, minha interlocutora
prosseguiu em tom grave:
– "Mas a esfera do globo nos esperava. Se o presente estava cheio de alegria,
o passado chamava a contas, para que o futuro se harmonizasse com a lei eterna.
Não podíamos pagar à Terra com bônus-hora e sim com o suor honrado, fruto de
trabalhos. Dada a nossa boa-vontade, aclarava-se-nos a visão, relativamente ao
pretérito doloroso. A lei do ritmo exigia, então, nossa volta."
Aquelas afirmativas causavamme viva impressão. Era a primeira vez que
se feria tão fundo aos meus ouvidos, na colônia, o assunto referente a encarnações pregressas.
Mas a continuação da conversa envereda para um outro tema, que iremos ver nos próximos posts, que são a reencarnação e sua justiça.
Por agora é só. Vou encerrando com uma frase que li em O Pica-pau Amarelo, do Monteiro Lobato e que serve também para nossos estudos.
Por agora é só. Vou encerrando com uma frase que li em O Pica-pau Amarelo, do Monteiro Lobato e que serve também para nossos estudos.
Vovó diz que ainda é cedo - que há uma leitura para cada idade. (diz Pedrinho)
Dona Benta era mesmo uma vovó sábia!!! É isso mesmo, cada ensinamento para cada idade espiritual. Ou não estaremos pronto para aquele aprendizado. E aqui vai também minha homenagem ao grande Monteiro Lobato e à primeira produção de O Sitio do Pica-Pau Amarelo, que eu assistia quando era criança, e cujas imagens ficaram em minha memória como os verdadeiros personagens dos livros. Até mais!