sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Progressão dos espíritos

Parte Segunda: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos - Capítulo 1: Dos Espíritos

O progresso ou mesmo evolução dos Espíritos são tratados nesse capítulo. O primeiro comentários que separei foi uma mensagem de Emmanuel, psicografado pelo Chico Xavier, e que pode ser encontrada no livro Religião dos Espíritos. O texto faz uma abordagem da primeira pergunta - nº 114 - desse nosso interítulo em estudo:


Ou seja, depende mesmo de nós. Não adianta querer jogar para outros a responsabilidade do nosso progresso ou estacionamento em uma determinada dificuldade. E como responsabilidade lembra estarmos conscientes do que fazemos, segue uma mensagem de Joanna de Ângelis, por meio do médium Divaldo Franco, que pode ser encontrada no livro Momentos de Consciência:








Em O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Leon Denis trata de uma questão importantíssima quando falamos em progresso espiritual: o livre-arbítrio: Selecionei alguns trechos do capítulo "Livre-arbítrio" que são uma ótima fonte de estudos e meditação para nós. 


Leon Denis, por volta dos 50 anos
A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação; é a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem ela, não seria ele mais do que um autômato, um joguete das forças ambientes; a noção de moralidade é inseparável da de liberdade.


Denis e sua mãe
A luta entre a matéria e o espírito tem precisamente como objetivo libertar este último cada vez mais do jugo das forças cegas. A inteligência e a vontade chegam, pouco a pouco, a predominar sobre o que a nossos olhos representa a fatalidade. O livre-arbítrio é, pois, a expansão da personalidade e da consciência. Para sermos livres é necessário querer sê-lo e fazer esforço para vir a sê-lo, libertando-nos da escravidão da ignorância e das paixões inferiores, substituindo o império das sensações e dos instintos pelo da razão.




Nesta foto, Denis aos 30 anos...
[...] cada um daqueles sistemas partia do dado inexato de que o ser humano tem a percorrer uma única existência. A questão muda, porém, inteiramente de aspecto ao se alargar o círculo da vida e se considerar o problema à luz que projeta a doutrina dos renascimentos. Assim, cada ser conquista a própria liberdade no decurso da evolução que tem de perfazer.




...e aqui já aos 79 anos.
O futuro aparece-lhe então, não em seus pormenores, mas em seus traços mais salientes, isto é, na medida em que esse futuro é a resultante de atos anteriores. Esses atos representam a parte de fatalidade ou “a predestinação” que certos homens são levados a ver em todas as vidas. São simplesmente, como vimos, efeitos ou reações de causas remotas. Na realidade, nada há de fatal e, qualquer que seja o peso das responsabilidades em que se tenha incorrido, pode-se sempre atenuar, modificar a sorte com obras de dedicação, de bondade, de caridade, por um longo sacrifício ao dever.







E o autor resume o capítulo com uma frase:

“O homem é o obreiro de sua libertação.” 


No livro Nosso Lar, no capítulo Continuando a palestra, dona Laura e André Luiz conversam sobre os primeiros anos da família de Lísias na colônia. E dona Laura dá um exemplo de tudo isso que temos aprendido nesse intertítulo de O Livro dos Espíritos, com exemplos de vida e de situações que ela mesma passou na sua última encarnação:


"Minhas lutas na viuvez haviam sido intensas. Muito moça ainda, com os filhos tenros, tive de
enfrentar serviços rudes. A custa de testemunhos difíceis, proporcionei aos rebentos
de nossa união os valores educativos, de que eu podia dispor, habituando­os, porém,
muito cedo, aos trabalhos árduos. Compreendi, depois, que a existência laboriosa me
livrara das indecisões e angústias do Umbral, por colocar­me a coberto de muitas e
perigosas tentações. O suor do corpo ou  a preocupação  justa, nos campos de
atividade honesta, constituem valiosos recursos para a elevação e defesa da alma."
[...]
Após ligeiro intervalo, em que parecia meditar, minha interlocutora
prosseguiu em tom grave:
– "Mas a esfera do globo nos esperava. Se o presente estava cheio de alegria,
o passado chamava a contas, para que o futuro se harmonizasse com a lei eterna.
Não podíamos pagar à Terra com bônus-­hora e sim com o suor honrado, fruto de
trabalhos. Dada a nossa boa­-vontade, aclarava­-se-­nos a visão, relativamente ao 
pretérito doloroso. A lei do ritmo exigia, então, nossa volta."
Aquelas afirmativas causavam­me viva impressão. Era a primeira vez que
se feria tão fundo aos meus ouvidos, na colônia, o assunto referente a encarnações pregressas.


Mas a continuação da conversa envereda para um outro tema, que iremos ver nos próximos posts, que são a reencarnação e sua justiça.

Por agora é só. Vou encerrando com uma frase que li em O Pica-pau Amarelo, do Monteiro Lobato e que serve também para nossos estudos. 

Vovó diz que ainda é cedo - que há uma leitura para cada idade. (diz Pedrinho)

Dona Benta era mesmo uma vovó sábia!!! É isso mesmo, cada ensinamento para cada idade espiritual. Ou não estaremos pronto para aquele aprendizado. E aqui vai também minha homenagem ao grande Monteiro Lobato e à primeira produção de O Sitio do Pica-Pau Amarelo, que eu assistia quando era criança, e cujas imagens ficaram em minha memória como os verdadeiros personagens dos livros. Até mais!

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