terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Conhecimento do princípio das coisas

Parte Primeira - Capítulo 2: Dos elementos gerais do Universo


Flammarion: "O Infinito não pode
ser compreendido pelo Finito"

Camille Flammarion, em seu incrível livro Sonhos Estelares*, analisa o Universo em todo o segundo capítulo, Viagem ao céu. Aqui destaco apenas dois trechos, já que o capítulo é muito grande. Quem quiser conhecer um pouco mais sobre este astrônomo francês, que também é considerado um dos continuadores de Kardec, pode visitar a página em que está disponível um pouco da sua obra (acesse aqui). Mas vamos aos comentários:



O segundo trecho fala sobre a evolução da ciência e, mesmo assim, nossa incapacidade - pelo menos, no momento - de conhecer o princípio da Vida:



Os estudos científicos na sua atualidade também são comentados por Emmanuel, em psicografia de Chico Xavier, em O Consolador (disponível, na íntegra, aqui). Em formato de perguntas e respostas, destaco o seguinte:  
2 – Se reconhecermos a Química, a Física, a Biologia, a Psicologia e a Sociologia como as cinco ciências fundamentais, qual será a posição da ciência da vida, em relação às demais?
 – A Química e a Física, estudando a ação íntima dos corpos, suas relações entre si e as suas propriedades, constituem a catalogação dos valores da ciência material. A Psicologia e a Sociologia, examinando a paisagem dos sentimentos e os problemas sociais, representam a tábua de classificação das conquistas da ciência intelectual. No centro de todas está a Biologia, significando a ciência da vida em suas profundezas, revelando a transcendência da origem – o Espírito, o Verbo Divino.

Até agora, a Biologia está igualmente encarcerada nas escolas materialistas da Terra, porém, nas suas expressões mais legítimas, evolverá para Deus, com as suas demonstrações sublimes, cumprindo-nos reconhecer que, mesmo na atualidade, seus enigmas profundos são os mais nobres apelos à realidade espiritual e ao exame das fontes divinas da existência.  
70 – As ciências especializadas com a Astronomia, a Meteorologia, a Botânica e a Zoologia, foram criadas pelo esforço do espírito humano, na evolução das ciências fundamentais?


– Como atividades complementares das ciências fundamentais, esses estudos especializados representam um conjunto de conquistas do espírito humano, no sagrado labor da entidade abstrata a que chamamos “civilização”. Tais esforços constituem a catalogação das pesquisas e realizações propriamente humanas: todavia, convergem para a ciência integral no plano infinito,onde se irmanarão com os valores morais na glorificação do homem redimido.

120 – Pode existir inteligência sem desenvolvimento espiritual?


– Diremos, melhor: inteligência humana sem desenvolvimento sentimental, porque nesse desequilíbrio do sentimento e da razão é que repousa atualmente a dolorosa realidade do mundo. O grande erro das criaturas humanas foi entronizar apenas a inteligência, olvidando os valores legítimos do coração nos caminhos da vida. 
125 – Reconhecendo que os nossos amigos do plano espiritual estão sempre ao nosso lado, em todos os trabalhos e dificuldades, a fim de nos inspirar, quais os maiores obstáculos que a sua bondade encontra em nós, para que recebamos os seus socorro indireto, afetuoso e eficiente?


– Os maiores obstáculos psíquicos, antepostos pelo homem terrestre aos seus amigos e mentores da espiritualidade, são oriundos da ausência de humildade sincera nos corações, para o exame da própria situação de egoísmo, rebeldia e necessidade de sofrimento.

204 – A alma humana poder-se-á elevar para Deus, tão somente com o progresso moral, sem os valores intelectivos?
-- O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita. No círculo acanhado do orbe terrestre, ambos são classificados como adiantamento moral e adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas.

Finalmente, deixo - para nosso assombro e meditação - duas apresentações das quais lembrei muito quando estava estudando esse trecho do Livros dos Espíritos. A primeira delas mostra como nossa ciência está avançada, já que construiu o telescópio Hublle e colocou-o para viajar fora da Terra. As imagens que ele captou do Universo nos fazem pensar em quanto ainda temos que avançar para compreender o Universo.


O Universo

O próximo é para que a gente não esqueça da nossa própria pequenez.
A Terra e o Universo



Sem mais comentários! Nos vemos no próximo post.

* Não encontrei esse livro disponível na Internet e nem mesmo nos sites de compra de livros espíritas, como o Megalivros ou a Livraria Virtual da FEB. Será que está esgotado???


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Panteísmo


Parte Primeira - Capítulo 1: De Deus

Mesmo sem ser uma fonte totalmente segura, confesso que fui dar uma olhada na Wikipédia para ver a definição de Panteísmo:

O Panteísmo é a visão de que o Universo (Natureza) e Deus (divindade) são idênticos. Os panteístas, portanto, não acreditam em um deus criador ou antropomórfico. A palavra deriva das palavras gregas pan (todos) e theos (Deus). Como tal, o Panteísmo denota a idéia de que "Deus" é melhor interpretado como um processo de relacionamento com o Universo. Embora existam divergências dentro do Panteísmo, as idéias centrais encontradas em quase todas as versões são o Cosmos como uma unidade abrangente e a sacralidade da Natureza. No panteísmo, Deus é idêntico com o universo
Acredito que a questão do Panteísmo era bastante discutida na época de Kardec e de seus continuadores. Digo isto porque estou lendo uma biografia de Leon Denis e tem um capítulo que descreve o primeiro Congresso Espiritualista Internacional de 1889. No encerramento, houve um pequeno debate sobre o assunto: 

O congresso havia reunido as principais escolas espiritualistas: os kardecistas,
os adeptos de Swedenborg, os teosofistas, os cabalistas e os rosa-cruzes.
[...]
Esse primeiro congresso não ficou isento de desentendimentos muito fortes
a respeito de certos pontos da Doutrina Espírita.
[...]
No final de seu discurso de 11 de setembro, com todas as seções reunidas, o presidente emitiu a ideia de que, se cada alma, em particular, é uma emanação do pensamento eterno, uma alma universal e divina as reúne todas. Era a concepção panteísta, oposta a de um Deus cristão; e ele insistia:
“Vós não quereis acreditar em um Deus que não podeis conhecer.”
Então, uma indisposição súbita impediu o orador de continuar seu discurso. Imediatamente, Léon Denis pediu a palavra para apresentar suas observações. Após um curto preâmbulo, entrou logo no assunto, referindo-se às pequenas escolas dissidentes, que já criticavam a obra de Allan Kardec:
“Têm-se esforçado por divulgar, na França, um Espiritismo chamado positivista, uma doutrina seca e fria que nada tem de comum com o kardecismo.” Então, tomando a defesa de Kardec, falou com um tato e um vigor admiráveis:
“Dizem que Allan Kardec tem sido muito econômico e deixou muito lugar em sua obra para as ideias místicas e católicas. Isso não é exato. O mestre poupou o Cristianismo e não o Catolicismo. Allan Kardec manteve a moral evangélica porque ela não é somente a moral de uma religião, de um povo, de uma raça, mas porque é a moral superior, eterna, que reconstruiu e haverá de reconstruir tanto as sociedades terrenas como as sociedades do Espaço.”
Lógico que com uma tal linguagem Denis demonstrava firmeza
perante os cabalistas e rosa-crucianos.

Trecho do livro Léon Denis, o apóstolo do Espiritismo, de Gaston Luce, disponível em http://gotadeluz.org/enciclopedia/livros/pdf/Autores_varios/Gaston_luce_Leon_Denis_o_Apostolo_do_Espiritismo.pdf



Mas foi em um texto do jornalista e escritor espírita Deolindo Amorim (veja aqui breve biografia) que encontrei um texto esclarecedor sobre o tema. O artigo completo está no endereço http://www.apologiaespirita.org/apologia/artigos/025_Espiritismo_e_panteismo.pdf, e aqui vai um parágrafo que esclarece o significado do Panteísmo e o motivo pelo qual o Espiritismo não concorda com a filosofia panteísta:

Espiritismo e Panteísmo

Em linhas gerais, sem descer a argumentos pormenorizados, é fácil verificar o flagrante
desacordo entre Espiritismo e Panteísmo. Basta que se leia, por exemplo, uma objeção de
Allan Kardec, objeção simples, sem subtilezas filosóficas, mas inegavelmente muito lógica. Diz
Allan Kardec, em Obras Póstumas, no capítulo que se refere às cinco alternativas da
humanidade: Sem a individualidade e sem consciência de si mesmo, o ser é como se não
existisse. As consequências morais desta doutrina, isto é, o Panteísmo, são exatamente as
mesmas que as da doutrina materialista. São palavras de Allan Kardec. Ora, o Espiritismo
afirma que a nossa alma, mesmo depois de desencarnada, não perde a sua individualidade,
não deixa de ser ela mesma, não se extingue, não se confunde com outra alma. Sem este
princípio, é claro, não seria possível explicar a responsabilidade após a morte; segundo o
panteísmo, entretanto, a individualidade da alma desaparece com a morte, porque ela se
funde no Todo universal, na alma comum. Neste caso, se a alma desaparece, deixa de ser
individual, porque volta à fonte comum, que é a alma universal, onde fica a lei da
responsabilidade? Como é possível, diante disto, admitir que haja sanções após a morte, se
desaparece completamente a individualidade da alma? Já se vê que entre o Espiritismo e o
Panteísmo há divergência profunda. Dizer, portanto, como se disse há pouco, que o Espiritismo
é uma revivescência do Panteísmo oriental, é falsear a realidade ou revelar absoluta falta de
conhecimento da doutrina espírita.

O assunto deve ter gerado muita polêmica. E por isso, para encerrar, vou fechar com a palavra sábia de Emmanuel, mensagem que encontrei por acaso (será???) no livro Fonte Viva, psicografado pelo Chico Xavier.

Diante de Deus
“Pai Nosso...”
Jesus (Mateus, 6:9)

Para Jesus, a existência de Deus não oferece motivo para contendas e altercações.
Não indaga em torno da natureza do Eterno.
Não pergunta onde mora.
N’Ele não vê a causa obscura e impessoal do Universo.
Chama-Lhe simplesmente “Nosso Pai”.
Nos instantes de trabalho e de prece, de alegria e de sofrimento, dirige-se ao Supremo Senhor, na posição de filho amoroso e confiante.
O Mestre padroniza para nós a atitude que nos cabe, perante Deus.
Nem pesquisa indébita.
Nem inquirição precipitada.
Nem exigência descabida.
Nem definição desrespeitosa.
Quando orares, procura a câmara secreta da consciência e confia-te
a Deus, como nosso Pai Celestial.
Sê sincero e fiel.
Na condição de filhos necessitados, a Ele nos rendamos lealmente.
Não perguntes se Deus é um foco gerador de mundos ou se é uma força irradiando vidas.
Não possuímos ainda a inteligência suscetível de refletir-Lhe a grandeza, mas trazemos o coração capaz de sentir-Lhe o amor.
Procuremos, assim, nosso Pai, acima de tudo, e Deus, nosso Pai, nos escutará.

Esta postagem acabou saindo maior do que esperava! Teremos material farto até nosso próximo encontro!!!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Atributos da divindade

Parte Primeira - Capítulo 1: De Deus

Fiquei muito feliz ao publicar este post. O motivo é que encontrei, para download, o livro Filosofia Espírita I, que havia comentado na postagem inicial Começando agora deste nosso blog (aliás, livro que eu não tenho!) O texto está disponível no site Biblioteca Virtual Espírita (http://bvespirita.com/), na parte de livros. Vale a pena navegar por lá porque tem muita coisa boa.

Os atributos da Divindade são comentados no capítulo Deus e o Homem, mensagem de Joanna de Angelis, que está no livro Momentos de Meditação, de Divaldo Franco. Coloco apenas um trecho, mas o capítulo inteiro é interessante:



Um dos capítulos do Filosofia Espírita I que fala sobre o tema em estudo é o Pensamento Puros, que comenta a questão nº12 do Livro dos Espíritos. Abaixo está apenas um trecho, mas vale ler o capítulo inteiro:

Pensamento Puros

A elevação moral dotar-nos-á de pensamentos mais ou menos puros,
capazes de perceber determinados mistérios, antes escondidos pela
incapacidade humana. Nós, encarnados e desencarnados, estamos em uma grande
escola de Deus, que converge os nossos sentimentos a depurações
 necessárias e urgentes, no sentido de enriquecer todas as nossas qualidades espirituais.

[...]

Espírito algum está afastado da Divindade. Quando falamos que não podemos
conhecer a natureza íntima de Deus, não quer dizer que estamos longe do
Senhor, pelo contrário, Ele está em nós, vibrando com todas as suas perfeições,
e fora de nós, nos iluminando com todas as suas qualidades
superiores. A nossa integração com Ele depende da nossa disposição espiritual,
pela força do tempo. É necessário que entremos na senda do amor puro,
para que a pureza nos alimente no raiar de todos os dias
e no percurso de todas as nossas existências.

A evolução espiritual, ou despertar, simboliza uma escada como a de Jacó,
referida no texto bíblico. De vez em quando alcançamos um degrau,
respeitando mais além a força indutiva, que nos leva ao conhecimento mais elevado.
O homem comum desconhece a engrenagem filosófica do aprimoramento,
 pois faltam-lhe sentidos para perceber esse mistério que somente a elevação espiritual pode conceber. O espiritualista, com idéias universais da sabedoria divina,
começa a adentrar no grande arcano e sentir um novo mundo de saber,
pelas belezas incomparáveis das sensibilidades do coração, e o santo, na verdadeira
acepção da palavra, passa a perceber por meios que faltam aos demais,
certas perfeições do Criador, sem por vezes ter condições de as transmitir aos
que seguem os seus passos. No entanto, fala mais alto do que o verbo,
 a pureza da sua conduta, a vivência daquilo que prega aos seus semelhantes
 sobre a vida e a obra de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 
Leon Denis, aos 50 anos
A questão de que o cérebro humano não consegue compreender Deus é também comentada por Leon Denis, em O Grande Enigma, também disponível na Biblioteca Virtual Espírita. Coloco aqui apenas um parágrafo, onde o autor fala sobre a pobreza da nossa linguagem para conceituar temas grandiosos:

"A linguagem humana é, entretanto, impotente para exprimir a idéia do Ser infinito. Desde que nos servimos de nomes e de termos, limitamos o que é sem limites. Todas as definições são insuficientes e, de certo modo, induzem o erro. Entretanto, o pensamento para se exprimir precisa de termo. O menos afastado da realidade é aquele pelo qual os padres do Egito designavam Deus: Eu sou, isto é, eu sou o Ser por excelência, absoluto, eterno, e do qual emanam todos os seres."



Lendo tudo isso, acabei lembrando de uma apresentação de power point que guardo já há muitos anos e que acho maravilhosa. Ilustra a nossa incompreensão também ante os desígnios de Deus em nossa vida... espero que vocês gostem. Acho que ela também serve de material de reflexão até nosso próximo encontro!



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Provas da existência de Deus


Parte Primeira - Capítulo 1: De Deus

A questão da 'prova' da existência de Deus é mesmo antiga. Será que não basta prestar atenção e seguir os sinais? Sempre lembro de uma história infantil (infantil mesmo?) Ditada pelo espírito Meimei ao Chico Xavier, intitulada Existência de Deus, e que foi publicada no livro Pai Nosso.


As pegadas de Deus estão aí para os bons observadores: o Universo, a natureza do nosso planeta, nosso corpo... E Emmanuel, no livro Religião dos Espíritos (o livro, na íntegra, está no site http://livros-gratis.blogspot.com/2007/12/religio-dos-espritos.html), faz um comentário sobre a questão 4, "Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?", no capítulo Meditemos.


Meditemos
Reunião pública de 14/9/59
Questão nº 4

Revelando avançada paranóia, pela hipertrofia do orgulho ante as conquistas da civilização atual, há quem pretenda banir a idéia de Deus do
pensamento humano, encastelando-se na demência disfarçada de grandeza.
No torvo cometimento, situam-se todos os mentores do ateísmo histórico e
prático, notadamente entre os povos-polvos, sequiosos de hegemonia e influência.
Todavia, quantos se consagram a semelhante monstruosidade do
raciocínio esquecem-se de que apenas há quatro lustros as nações mais cultas
do Globo se empenharam em pavorosa carnificina.
No prélio terrível, salientavam-se os países superalfabetizados do mundo...
Bastaram, porém, simplesmente alguns meses de luta para que se
rebaixassem à condição de feras, fazendo renhir as garras sanguisaedentas e
fulminando as aquisições do espírito, com o objetivo de aniquilar a soberania
da razão.
Quanto acontece agora, dispunham todos eles de tratados que lhes
salvaguardavam as instituições livres...
Isso, no entanto, não impediu esquecessem os compromissos
internacionais, arrasando cidades abertas e incendiando vilarejos pacíficos.
Enfileiravam largas bibliotecas de ciências sociais, em louvor da dignidade
humana, mas caíram como chacais sobre mulheres e crianças indefesas,
cruentando populações inermes.
Contavam com alevantado progresso da navegação marítima e com
elevados princípios a lhes nortearem os movimentos, mas converteram os
oceanos em teatros de pirataria e de sangue.
Possuíam as mais nobres invenções, quais o avião e o rádio, o cinema e a
grande imprensa, inclusive o domínio iniciante da energia nuclear; contudo,
mobilizaram todos esses recursos no assalto a lares e hospitais, escolas e templos.
Nos campos reservados à concentração de prisioneiros, o envenenamento
e o suplício da fome, a bestialidade e o assassínio foram considerados atos legais.
Do sinistro balanço constaram milhões de cadáveres, milhões de mutilados,
milhões de órfãos, milhões de feridos, milhões de desajustados...
Não valeram descobertas da indústria, avanços da ciência, alturas
filosóficas, ajustes políticos ou exaltações das letras.
Tudo desceu às trevas da carnagem.
É que, quando a ambição se desregra entre os homens, cresce a força da
injustiça, e, quando a injustiça se erige como poder supremo na face da Terra,
habitualmente aparece o esquecimento de Deus, no âmago das elites. E, com
o esquecimento do Criador, desentendem-se as criaturas, gerando conflito e
destruição.
Entregue ao livre-arbítrio, nos recessos da própria alma, pode o homem
olvidar a Paternidade Divina e escarnecer a idéia religiosa que lhe traça roteiro
moral, mas tomba nos arrastamentos da irresponsabilidade e da delinqüência; pode, com ingratidão e crueldade, pregar à vida o desrespeito a Deus, mas a
vida lhe responde com as trevas do caos.

E para termos uma idéia de que as questões referentes a Deus não fazem parte apenas de livros que tratem de religião, espiritualidade, deixo um trecho do livro Um Pilar de Ferro, da escritora Taylor Caldwell. A obra é uma ficção biográfica da vida de Marco Túlio Cícero, orador, filósofo, advogado e uma das personalidades de Roma na época de Júlio César. A frase compõe um diálogo entre Cícero e um amigo judeu (que realmente existiu):

Além disso, houve os nossos profetas. Houve Moisés, que nos deu a Lei. Não eram homens tolos, encantados por seus próprios sonhos inventados. Haviam tido revelações. Aristóteles comparava Deus a um cristal perfeito, brilhando cheio de luz, o Doador de vida ao qual toda a vida deveria retornar. Estariam todos iludidos, loucos, enamorados de fantasias?


Espero ter contribuídos para os estudos desta semana. Na próxima, tem mais. Até lá!