quinta-feira, 5 de julho de 2012

Forma e ubiquidade dos espíritos

Parte Segunda: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos - Capítulo 1: Dos Espíritos

O primeiro tema existente neste item é sobre a forma dos espíritos. Não vou colocar muitas leituras sobre isso porque, no próximo post, o assunto será exatamente este, ou seja, o perispírito. Mas não posso deixar de citar Gabriel Delanne, em seu livro A Alma é Imortal:

Imagem do site da editora Petit
Esses seres que vivem no espaço, isto é, ao nosso derredor, têm uma 
forma perfeitamente determinada, que permite sejam descritos com exatidão. Já não é lícita hoje qualquer dúvida acerca desse ponto, visto serem por demais numerosos os testemunhos de experimentadores sérios, para que se admita, numa discussão sincera, a negação pura e simples. Resta inquirir se esse envoltório se constitui depois da morte, ou, o que é mais provável, se está sempre ligado à alma. É verdadeira esta última suposição, possível há de ser comprovar-se-lhe a existência durante a vida. E o que vamos fazer imediatamente, apelando, não mais para magnetizadores ou espíritas, e sim para investigadores inteiramente estranhos aos nossos estudos, 
para sábios imparciais, cujas verificações tanto mais valor terão, quanto 
nenhuma ligação guardem com qualquer teoria filosófica.

Este livro está repleto de depoimentos e resultados de pesquisas realizadas e, portanto, vale muito parar e ler com calma. Mas vou acrescentar um outro parágrafo, onde Delanne cita um outro livro, de um pesquisador chamado Cahagnet (Os Arcanos da vida futura desvendados):

a idéia de um corpo espiritual da alma se libertou duma parte 
de sua obscuridade. Graças ao sonambulismo, já nos achamos de posse de um 
meio de ver os Espíritos e de nos certificarmos de que eles se apresentam com 
uma forma corpórea que reproduz fielmente o corpo físico que tinham na 
Terra. Isto já não é uma hipótese; é um fato resultante da observação 
experimental. Mister se torna ler os numerosos atestados que se encontram no 
fim do seu segundo volume, para se ficar bem persuadido de que os trabalhos 
de Cahagnet não são isolados. Foram retomados e verificados por grande 
número de magnetizadores, que afirmaram ter obtido os mesmos resultados. 
Para nós, portanto, é ponto fora de questão e fácil se nos torna renovarmos 
esses fenômenos, pois basta nos coloquemos nas condições indicadas pelo autor.

Imagem do site da editora Petit
E novamente vou recorrer às explicações de Miramez, por intermédio de João Nunes  Maia, no volume 2 do livro Filosofia Espírita. No capítulo Velocidade do Espírito, encontramos o seguinte:
Certamente que o espírito gasta algum tempo para percorrer distâncias, no entanto, essa velocidade tem variações infinitas, de acordo com a evolução da alma. Existem eterminados espíritos tão materializados, que os seus meios de locomoção são os mesmos dos homens e, por vezes bem piores, bem como há entidades altamente evoluídas, que viajam grandes distâncias com a velocidade do pensamento. Não podemos determinar uma velocidade igual para todos os espíritos, pois que cada um se encontra em uma faixa evolutiva, considerando que a volitação depende de determinados processos interiores, que cada alma sabe usar para seu proveito próprio e, certamente, em favor dos que carecem dos seus 
trabalhos espirituais.
[...]
Se o espírito evoluído rasga os espaços e tem a velocidade do pensamento, 
podemos raciocinar como Deus está em toda parte permanentemente e como Jesus 
está presente onde alguém se reúne em nome dEle, em qualquer lugar da Terra.

E os ensinamentos continuam no capítulo O Espírito ante a Matéria:

No que tange aos espíritos inferiores, a matéria pode ser obstáculo incalculável para eles, por se encontrarem materializados e, certamente, sem 
condições de atravessá-la, como os espíritos puros, ou mais ou menos evoluídos. O espírito mais grosseiro se reveste de um perispírito compatível com o seu estado evolutivo, e ao passar pelo fogo pode-se queimar, e em certos casos, ao entrar nas 
águas, dificilmente se sentir bem. As próprias paredes lhes servem de obstáculos. A chave da sua liberdade está na mente, ligada à emotividade: enquanto desconhecer esse poder grandioso, sofrerá muitas conseqüências, oriundas da ignorância.

Quanto à ubiquidade dos espíritos, Miramez ainda explica que:
Pelas coisas materiais pode-se analisar as espirituais, mesmo que as comparações 
sejam pálidas. É o caso da televisão: pode-se projetar a imagem de um homem ou 
um fato em todas as direções, sendo vistos em vários lugares no mesmo instante. E 
o poder do Espírito? É bem maior que o dos aparelhos feitos pelos homens. 
Certamente que pode acontecer com maior evidência, O Cristo pode aparecer nos 
lugares que desejar na Terra no mesmo instante, a todas as pessoas que achar 
conveniente, pelo poder da Sua mente, e transmitir mensagens diferentes para cada 
pessoa ou agrupamentos. Ele é o dirigente máximo de toda a Terra, conhecedor da 
ciência divina e pode usá-la quando Lhe aprouver.

Realmente, é possível comparar coisas materiais a acontecimentos do mundo espiritual. Lembrei de dois casos que li e que mostram uma mediunidade peculiar, onde a pessoa é vista em dois lugares ao mesmo tempo. Se isso é possível a uma pessoa encarnada, quais não seriam as possibilidades dos espíritos já fora da matéria? O primeiro desses casos está registrado no livro Diversidade dos Carismas, do pesquisador e trabalhador espírita Hermínio Miranda


E o segundo caso está registrado no documentário Eurípedes Barsanulfo, educador e médium. São várias histórias em que Eurípedes foi visto em dois lugares ao mesmo tempo, ajudando pessoas. Uma delas é relatada nesse documentário e está disponível no YouTube, dividido em 7 partes. O trecho em que conta essa história de Eurípedes está abaixo, aos 8 minutos e 30 segundos (o trecho total dura 15 minutos).






Por hoje, é isso. Até a próxima!




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