domingo, 30 de junho de 2013

Justiça da reencarnação

Parte Segunda: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos - Capítulo 4: Da Pluralidade das Existências

Sempre é bom começar um assunto tão complexo - como justiça da reencarnação e suas causas e efeitos - relembrando alguns princípios. Encontrei, no programa Transição abaixo, as explicações de alguns dos principais oradores e pesquisadores espíritas sobre esse assunto e quero compartilhar com todos.



Na Revista Espírita, de novembro de 1858, Allan Kardec nos fala sobre como a reencarnação é uma lei justa, no artigo por ele escrito e intitulado como Pluralidade das Existências Corpóreas. (As imagens abaixo são do documentário O Espiritismo, de Kardec aos dias de hoje, dirigido pelo cineasta Marcelo Taranto, interpretado pelo ator Ednei Giovenazzi e com narração da atriz Aracy Balabanian. Recomendo!)


Admitamos, ao contrário, uma série de progressivas existências anteriores para cada alma e tudo se explica. Ao nascerem, trazem os homens a intuição do que aprenderam antes; são mais ou menos adiantados, conforme o número de existências que contem, conforme já estejam mais ou menos afastados do ponto de partida.

Dá-se aí exatamente o que se observa numa reunião de indivíduos de todas as idades, onde cada um terá desenvolvimento proporcionado ao número de anos que tenha vivido. As existências sucessivas serão, para a vida da alma, o que os anos são para a do corpo.

Reuni, certo dia, um milheiro de indivíduos de um a oitenta anos; suponde que um véu encubra todos os dias precedentes ao em que os reunistes e que, em conseqüência, acreditais que todos nasceram na mesma ocasião. Perguntareis naturalmente como é que uns são grandes e outros pequenos, uns velhos e jovens outros, instruídos uns, outros ainda ignorantes.

Se, porém, dissipando-se a nuvem que lhes oculta o passado, vierdes a saber que todos hão vivido mais ou menos tempo, tudo se vos tornará explicado. Deus, em sua justiça, não pode ter criado almas desigualmente perfeitas. 

Com a pluralidade das existências, a desigualdade que notamos nada mais apresenta em oposição à mais rigorosa eqüidade: é que apenas vemos o presente e não o passado. A este raciocínio serve de base algum sistema, alguma suposição gratuita? Não. Partimos de um fato patente, incontestável: a desigualdade das aptidões e do desenvolvimento intelectual e moral, e verificamos que nenhuma das teorias correntes o explica, ao passo que uma outra teoria lhe dá explicação simples, natural e lógica. Será racional preferir-se as que não explicam àquela que explica?

Admitam-se as existências consecutivas e tudo se explicará conformemente à justiça de Deus. O que se não pôde fazer numa existência faz-se em outra. Assim é que ninguém escapa à lei do progresso, que cada um será recompensado segundo o seu merecimento real e que ninguém fica excluído da felicidade suprema, a que todos podem aspirar, quaisquer que sejam os obstáculos com que topem no caminho.

A Doutrina Espírita tem mais amplitude do que tudo isto. Segundo ela, não há muitas espécies de homens, há tão-somente homens cujos espíritos estão mais ou menos atrasados, porém todos susceptíveis de progredir. Não é este princípio mais conforme à justiça de Deus?

E para não perder a oportunidade de citar Leon Denis, deixo registrado dois pensamento desse autor, registrada em um livro que estou lendo (lentamente, mas aproveitando bem os ensinamentos): O Problema do Ser, do Destino e da Dor.

A reencarnação, afirmada pelas vozes de além túmulo, é a única forma racional por que se pode admitir a reparação das faltas cometidas e a evolução gradual dos seres. Sem ela, não se vê sanção moral satisfatória e completa; não há possibilidade de conceber a existência de um Ser que governe o Universo com justiça.



A lei de justiça revela-se na menores particularidades da existência. As desigualdades que nos chocam resultam das diferentes situações ocupadas pelas almas nos seus graus infinitos de evolução. O destino do ser não é mais do que o desenvolvimento, através das idades, da longa série de causas e efeitos gerados por seus atos. 


É muito difícil encontrar palestras, com bons palestrantes, cujo tema coincidam com o que estamos estudando. Desta vez achei, no YouTube, uma palestra antiga do Raul Teixeira, intitulada Justiça da Reencarnação. Então, vamos aproveitar!!!


E finalmente quero registrar meu contentamento. Quando eu era criança e fã dos gibis da Mônica (quer dizer, fã eu ainda continuo... apesar de não ser mais tão criança), não existiam histórias em quadrinhos com foco em vida depois da morte, reencarnação, viagem astral, etc. Agora o negócio mudou. Já encontrei diversas no site do Maurício de Sousa. As crianças da atualidade começam a viver em uma nova fase de progresso humano/espiritual. Atenção pais e responsáveis pela educação das nossas crianças: está mais fácil incentivar a leitura de temas importantes para a Vida! (ah, quem quiser ler a história completa, o endereço é o seguinte: http://www.monica.com.br/comics/indeciso/pag1.htm)


Abraços a todos e nos vemos no próximo post








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