segunda-feira, 13 de março de 2017

Consideraçõs sobre a Pluralidade das Existências

Parte Segunda: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos - Capítulo 5: Consideraçõs sobre a Pluralidade das Existências


A questão 222 de O Livro dos Espíritos, na verdade, é um resumo comentado do capítulo anterior da obra, que fala sobre a Pluralidade das Existências. Para ajudar o nosso entendimento, recorri ao livro Filosofia Espírita (como sempre!) em busca dos ensinamentos do espírito Miramez, por meio de João Nunes Maia (para aumentar o tamanho da figura seguinte, clique sobre ela. Já o texto completo da obra está disponível em http://bvespirita.com/Filosofia%20Espirita%20-%20Volume%20V%20(psicografia%20Joao%20Nunes%20Maia%20-%20espirito%20Miramez).pdf):



Também no livro Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel, encontramos o capítulo "Reencarnção ou Pluralidade das Existências Corpóreas":  

“Os discípulos dirigem-se a Jesus e perguntam-lhe: Por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro? Jesus lhes responde: Elias certamente há de vir restabelecer todas as coisas. Eu, porém, vos digo que Elias já veio e eles não o conheceram, antes, fizeram dele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer em suas mãos. Então conheceram seus discípulos que era de João Batista que ele lhes falava.” (Mateus, XVII, 10-13.)  

A reencarnação é um dos princípios fundamentais do Cristianismo. A idéia de que João Batista era o Espírito de Elias reencarnado, tornou-se tão firme nos discípulos de Jesus que não admitiam, absolutamente, dúvida a respeito.

E é de notar que o Senhor não dissuadiu seus discípulos desse pensamento; ao contrário, confirmou-o categoricamente: “Se vós quereis bem compreender, João Batista é o Elias que há de vir.” (Mateus, XI, 14-15). E o Mestre acrescenta: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”

No tempo de Jesus, como sói acontecer hoje, havia muita gente sem ouvidos para ouvir estas coisas; a Palavra do Nazareno era, pois, dirigida unicamente a quem tinha ouvidos para ouvir. A reencarnação das almas, dissemos noutro capítulo, é a glorificação da Justiça Divina, ao passo que a doutrina da vida única destrói todos os atributos do Criador. 

Além disso, essa doutrina salienta as qualidades boas ou más, como peculiares ao Espírito e não ao corpo e diz que, pelo progresso, os bons ficarão ainda melhores e os maus se tornarão bons, dependendo essas aquisições do trabalho que cada um de nós desenvolva para benefício próprio. O corpo não é mais que um agente, um instrumento para a manifestação dessas qualidades. Ao deixar o corpo, o Espírito leva consigo tudo o que tem de bom ou de mau, e, durante as sucessivas encarnações, ele se depura, expurgando a maldade e aperfeiçoando-se na bondade.

O Espírito é semelhante a um operário que empreita uma obra, e o corpo é o instrumento que ele usa para executar o serviço. Quando perde ou quebra a ferramenta, o operário adquire outra ou outras, até executar a obra; o Espírito, quando o corpo morre, toma outro corpo, ou outros corpos, tantos quantos sejam necessários para terminar a tarefa. O Supremo Artífice do Universo dá a seus operários tantos instrumentos, tantos corpos quantos sejam necessários para que eles cumpram suas missões. 

Bonita doutrina! dirão uns; belos ensinos! dirão outros; mas tudo isso não passa de palavras, palavras que soam bem, mas somente palavras; e perguntarão: “Se assim fosse certamente nos lembraríamos da nossa existência ou das nossas existências passadas. Responderemos também com uma interrogação: quem pode penetrar nas profundezas do subconsciente? 

A faculdade da memória tem sido assunto de estudo dos filósofos de todos os tempos e, atualmente, embora muita luz se tenha feito sobre essas dobras obscuras da consciência, a faculdade da memória tem seus caprichos que só depois de evoluirmos muito poderemos descobrir. Por exemplo: nesta mesma existência alimentamo-nos no seio materno e não nos recordamos deste ato por nós mesmos praticado. Mesmo depois de adultos, decoramos um discurso, uma poesia, que recitamos numa reunião, e no correr dos anos esquecemo-nos das palavras, das frases e até do tema sobre que versou aquela dissertação. Há fatos que ocorreram na nossa vida de que não temos a mais leve recordação! Como lembrar-nos de fatos que se passaram em outras vidas, que tivemos com outros corpos, os quais, certamente, eram diferentes em perfeição dos que temos hoje?

O esquecimento do passado é necessário ao nosso bem-estar presente e ao nosso progresso; permite ação mais livre e nos ajuda a passar mais suavemente pelas provas a que nos submetemos. Se todos conservassem a lembrança de existências passadas, com a nitidez que se deseja, essa lembrança, como é natural, associar-se-ia à recordação de todas as pessoas com quem vivemos e ficaríamos conhecendo não só a nossa vida anterior como a dos que nos cercam, principalmente se os seres com quem convivemos tivessem convivido conosco na precedente vida. E o que resultaria daí? Não é difícil prever a série de perturbações e contrariedades a que ficaríamos submetidos. 

A vida de todos ficaria devassada para uns e outros. Herodes ou Caifás, por exemplo, se estivessem em nosso meio, teria de suportar o desprezo de todos, e quem sabe se não lhes seria negado o pão e a água! Suponhamos que se desse o caso de o leitor ser a reencarnação de Herodes, e de se recordar de sua existência ao tempo de Jesus. Não seria uma vida de prantos, de humilhação, de desespero que teria o amigo de passar, sem necessidade alguma, prejudicando até seus afazeres atuais e o seu progresso?

O perdão que Deus nos concede, é o esquecimento das faltas; se não houvesse esse esquecimento, viveríamos sob a dor pungitiva dos crimes praticados, pois é certo os praticamos, dada a inferioridade em que todos nos achamos. Não é o remorso que nos dilacera de dor? Eis por que Deus, em seus altos desígnios, não permite que nos recordemos de nossas existências passadas.

Entretanto, alguns há que se lembram, não só da sua passada existência, como de diversas vidas que tiveram na Terra. Outros há a quem é revelada a existência anterior. E não são poucos os que se recordam de sua vida transata. Teófilo Gautier, Alexandre Dumas, afirmaram ter-se recordado de suas existências passadas. Lamartine chegou a descrever lugares, rios, vales e a sua própria casa da Judéia, onde vivera em vida anterior, sem que nesses lugares tivesse estado na sua última existência. Juliano, o Apóstata, afirmava ter sido Alexandre da Macedônia; Pitágoras dizia recordar-se de várias existências, citando aquelas em que fora Herneotínio, Eufórbio e por fim um dos argonautas.

Não é preciso citar mais nomes. Cada um de nós revela o que foi; por isso uns nascem com disposição para o bem, outros para o mal. O “pecado-original” consiste nos erros e faltas de nossa passada encarnação, erros que precisamos corrigir para obtermos a felicidade que desejamos. E Deus nos concede sempre meios e tempo para esse trabalho de aperfeiçoamento. O Senhor não apaga, a quem quer que seja, a lâmpada da esperança; os nossos trabalhos, as nossas dores, as nossas fadigas nunca são esquecidos pelo bom Deus.

Não cabe nesta obra outras considerações ainda mais persuasivas sobre o estudo da reencarnação em face da Ciência, por exemplo, o do Espiritismo Experimental. O leitor estudioso deve, a esse respeito, consultar os livros de Gabriel Dellanne: Evolução Animica, O Espiritismo Ante a Ciência e A Reencarnação; de Léon Denis: No invisível e O Problema do Ser do Destino e da Dor, e de Rochas: As Vidas Sucessivas e a Exteriorização da Motilidade.   



Também gostaria de lembrar que a Revista Espírita, publicação organizada por Kardec até a sua morte, traz artigos sobre esse mesmo tema, ampliando o texto que está em O Livros dos Espíritos. Para quem quiser consultar, a FEB disponibiliza o conteúdo da Revista Espírita em seu site gratuitamente: 

Para encerrar o post de hoje, e aproveitando que a questão 222 de O Livros dos Espíritos se encerra com o diálogo de Nicodemos e Jesus, segue um pequeno vídeo (aliás, com uma caracterização maravilhosa, na minha opinião) que nos relembra esse ensinamento precioso acerca da reencarnação. 


Ótima semana a todos nós e até mais !!!    ;)





segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Idéias inatas

Parte Segunda: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos - Capítulo 4: Da Pluralidade das Existências


O tema deste item, as lembranças / aptidões que trazemos de existências anteriores, é bastante empolgante. Muitas vezes nos deparamos com o noticiário de crianças e jovens que são considerados gênios e logo pensamos: "Como é que pode essa criancinha ser assim inteligente?" Como explicaram os espíritos a Allan Kardec, a resposta é mais simples do que parece quando levamos em conta a Lei da Reencarnação.

No livro O Consolador, Emmanuel (por meio de Chico Xavier) começa a esclarecer esse assunto na pergunta número 37, que está no subtítulo Biologia:



























A vocação, portanto, é um atributo espiritual, como explica Emmanuel e isto complementa os ensinamentos da espiritualidade em O Livro dos Espíritos, que afirmam que o conhecimento adquiridos em vidas anteriores não se perde. Aliás, quem se interessar por dar uma olhada no primeiro capítulo do livro O Consolador, pode clicar aqui ou acessar o endereço a seguir para baixar o material em PDF... é uma degustação que o site da Livraria FEB oferece: http://www.feblivraria.com.br/febnet/paginas/oconsolador.pdf.

E essas 'lembranças', por vezes, são fortes... a seguir um exemplo disso, publicado pela Revista Reformador:



Mas estas recordações ou vocações que o espírito traz nem sempre são boas. Afinal, nosso planeta (e a humanidade) ainda está em uma faixa de provas e expiações. Além disso, os espíritos que chegam à Terra, para uma nova experiência, precisam da orientação e educação dos pais para conseguirem cumprir seus objetivos nesta vida e progredirem espiritualmente. São estas questões fundamentais que trazem as orientações de Emmanuel, desta vez no livro Religião dos Espíritos, no capítulo denominado "Os Jovens", que é um comentário da questão nº 218 de O Livro dos Espíritos:

 


Outro exemplo das idéias inatas está registrado no livro Ação e Reação, da série de livros ditados por André Luiz ao médium Chico Xavier. Abaixo, um trecho do capítulo 10 ('Entendimento'), em que um dos mentores espirituais, Silas, narra uma vida anterior, em que foi médico, mas falhou... e agora ele retomaria a experiência:

Decerto, para conhecer-lhes naturalmente as esperanças, reportou-se aos próprios anseios, quanto aos trabalhos médicos do futuro. Não pretendia perder tempo. Tinha agora a sede de aprender e servir, para demandar o campo humano com os melhores valores do espírito, que se lhe exprimiriam na mente, quando encarnado, em forma de tendência e facilidade na chamada“vocação inata”. (p. 132)
E, para encerrar, quero deixar aqui três vídeos que estão disponíveis no YouTube e que já 'bombaram' na rede. O que chamou a minha atenção nestes pianistas mirins são o gestos, a movimentação do corpo enquanto eles tocam... por mais que a criança aprenda a tocar piano, esses gestos não são aprendidos!!! 






Já esta menina é pintora e poetisa... e começa a se dedicar à música:

Por hoje, é isso! Uma ótima semana e bons estudos pra nós!!!


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Parecenças físicas e morais

Parte Segunda: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos - Capítulo 4: Da Pluralidade das Existências

Começando o post de hoje com uma frase do  poeta e escritor português Fernando Pessoa,(13/Junho/1888 a 30/Novembro/1935):





Esse pensamento faz mesmo a gente refletir sobre as questões desse capítulo. O Fernando Pessoa que me desculpe, mas se trocarmos a palavra 'temperamento' por 'espírito', ela faz todo o sentido ao lermos as respostas à questão 207 de O Livro dos Espíritos.

E também temos o comentário de Emmanuel, que por meio de perguntas nos induz a pensar sobre os complicados conceitos das leis e responsabilidades da reencarnação.


Aliás, a responsabilidade dos pais na educação dos filhos é grande, como alerta Geraldo Goulart no artigo abaixo, publicado pela revista Reformador





Sobre esse tema, da educação dos filhos, vou fazer aqui um parêntesis, porque acredito ser esse assunto de extrema importância nos dias em que vivemos. Na Revista Espírita, de Fevereiro de 1864, Alan Kardec relata suas observações a anota suas considerações sobre um fato presenciado por ele. Esse relato está sob o título "Primeiras Lições de Moral da Infância" (p. 59 a p. 62). Aqui vou colocar apenas a parte que nos interessa e faz referências ao estudos de hoje, mas o texto inteiro está disponível no site da FEB (clique aqui para ler o texto inteiro da Revista Espírita, edição de fevereiro de 1864):

"De todas as chagas morais da sociedade, o egoísmo parece a mais difícil de extirpar. Com efeito, ela o é tanto mais quanto mais alimentada pelos mesmos hábitos da educação. Tem-se a impressão que, desde o berço, a gente se esforça para excitar certas paixões que, mais tarde, se tornam uma segunda natureza, e nos admiramos dos vícios da sociedade, quando as crianças os sugam com o leite. Eis um exemplo que, como cada um pode julgar, pertence mais à regra do que à exceção.

Numa família de nosso conhecimento há uma menina de quatro a cinco anos, de rara inteligência, mas que tem os pequenos defeitos das crianças mimadas, ou seja, é um pouco caprichosa, chorona, teimosa, e nem sempre agradece quando lhe dão alguma coisa, o que os pais levam a peito corrigir, porque, fora desses pequenos defeitos, segundo eles, ela tem um coração de ouro, expressão consagrada. Vejamos como eles agem para lhe tirar essas pequenas manchas e conservar o ouro em sua pureza.

Certo dia trouxeram um doce à criança e, como de costume, lhe disseram: “Tu o comerás, se fores ajuizada.” Primeira lição de gulodice. Quantas vezes, à mesa, não acontece dizerem a uma criança que não comerá tal guloseima se chorar. Dizem: “Faze isto ou faze aquilo e terás creme”, ou qualquer outra coisa que lhe apeteça; e a criança é constrangida, não pela razão, mas tendo em vista a satisfação de um desejo sensual que incentivam. 

[...]

Como não levou em consideração a ameaça, sabendo por experiência que raramente a executavam, desta vez os pais foram mais firmes, pois compreenderam a necessidade de dominar esse pequeno caráter, e não esperar que a idade lhe tivesse feito adquirir um mau hábito. Diziam que é preciso formar as crianças desde cedo, máxima muita sábia e, para a pôr em prática, eis o que fizeram: “Eu te prometo – disse a mãe – que se não obedeceres, amanhã cedo darei o teu bolo à primeira criança pobre que passar.”

Dito e feito. Desta vez não cederam e lhe deram uma boa lição. Assim, no dia seguinte de manhã, tendo sido avistada uma pequena mendiga na rua, fizeram-na entrar, obrigaram a filha a toma-la pela mão e ela mesma lhe dar o seu bolo. Acerca disto elogiaram a sua docilidade. Moralidade: a filha disse: Se eu soubesse disto teria tido pressa em comer o bolo ontem.” E todos aplaudiram esta resposta espirituosa. Com efeito, a criança tinha recebido uma forte lição, mas lição de puro egoísmo, da qual não deixará de aproveitar outra vez, pois agora sabe o que custa a generosidade forçada. 

Resta saber que frutos dará mais tarde esta semente, quando, com mais idade, a criança fizer aplicação dessa moral em coisas mais sérias que um bolo. Sabem-se todos os pensamentos que este único fato pode ter feito germinar nessa cabecinha? Depois disto, como querem que uma criança não seja egoísta quando, em vez de nela despertar o prazer de dar e de lhe representar a felicidade de quem recebe, impõe-lhe um sacrifício como punição? Não é inspirar aversão ao ato de dar e àqueles que têm necessidade?

[...]

Assim, por pouco que aí se ache o germe das más paixões, o que é o caso mais comum, considerando-se a natureza da maioria dos Espíritos que encarnam na Terra, não pode senão desenvolver-se sob tais influências, ao passo que seria preciso espreitar-lhe os menores traços para os
abafar. Sem dúvida a falta é dos pais; mas, é bom dizer, muitas  vezes estes pecam mais por ignorância do que por má-vontade. Em muitos há, incontestavelmente, uma censurável despreocupação, mas em outros a intenção é boa, é o remédio que nada vale, ou que é mal aplicado. 

Sendo os primeiros médicos da alma de seus filhos, deveriam ser instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de os cumprir."

Mas, voltando às questões, no livro "Astronautas do além", psicografado por Chico Xavier, há comentários de Emmanuel e de J. Herculano Pires sobre as perguntas 209 e 210. Abaixo, o texto ditado por Emmanuel:

(Emmanuel)

O parente que se te instalou no caminho por obstáculo dificilmente transponível…
Abençoa-o e ampara-o, quanto puderes.
As leis de causa e efeito, tanto quanto os princípios de afinidade, não funcionam sem razão.
Observa.
O tempo segue rápido. Criaturas que viste na infância do corpo físico, quase que de improviso se transformaram e renteiam contigo nos caminhos da madureza.
Acontecimentos que rearticulas, a cores vivas, na memória, mostram a idade de muitos lustros.
Assim, no curso do tempo, as existências se intercambiam umas com as outras.
Os companheiros do passado voltam a nós, reclamando o trabalho ou a pacificação, o reajuste ou a assistência que lhes devemos.
Esse coração magoado e sofredor que nos compartilha a estrada do cotidiano na Terra é invariavelmente aquele mesmo espírito que nos fez o credor de maior ternura e mais ampla abnegação.
O filho rebelde, junto do qual te surpreendes hoje, é o irmão a quem prejudicaste ontem, com irreflexões que o atiraram para a teimosia ou para as sugestões de vingança;
a filha menos submissa de agora é a jovem de antigamente em cujo sentimento plantaste desespero e revolta;
o pai enigmático dos dias que correm é o companheiro que escravizaste aos próprios caprichos e de quem, no pretérito, comandavas as horas com violência e tirania;
a genitora dominante é a irmã de outrora que tratavas sob os pés;
o familiar portador de inquietação e de sofrimento é sempre a mesma pessoa que se desequilibrou à conta de nossos erros, em épocas transatas, e que exige reabilitação ao preço de nosso cuidado e devotamento, nas áreas da existência física.

É verdade que isso nem sempre ocorre na pauta de débitos nossos, ante a justiça. O amor, onde surja, sabe sempre trazer a si aqueles a quem se consagra, convertendo empeços e provas em esperanças e alegrias, à feição de Jesus que nos ama desde séculos imemoriais muito antes que o conhecêssemos, e nos sustenta a todos, na Terra, sem dívida alguma para conosco. Ainda assim, recordemos: todo parente difícil é trabalho de amor ou rearmonização que a Divina Providência nos confia, a fim de que tenhamos o privilégio de transfigurá-lo em degrau de serviço e de luz, no rumo de nossa própria sublimação.

Sobre as questões referentes a espíritos unidos, que nascem como irmãos gêmeos, lembrei de um livro que li há muito tempo, de um aprendizado muito grande, mas de uma tragédia muito comovedora. O livro é Párias em Redenção, ditado pelo espírito Victor Hugo ao médium Divaldo Franco. A obra vale muito ser lida, mas no nosso corre-corre diário, às vezes fica difícil. Pensando nisso, deixo aqui uma palestra, do orador Aguinaldo Paula Vasconcelos, que resume a obra. Disponível no YouTube, são 50 minutos que relatam três existências de um grupo espiritual que se liga pelo ódio e pelos crimes e que sofre uma expiação final para aprenderem a se amar. Imperdível!!!


Uma ótima semana a todos! Até mais.